Uma nova modalidade de esporte vai fazer parte da próxima edição dos JIMT em Pontes e Lacerda. É o badminton, esporte pouco conhecido no Brasil, mas popular pelo mundo. A modalidade já está em ascensão em Cuiabá e ganhou espaço nos JIFs a partir de uma votação feita entre os professores de educação física.
Na sexta-feira (29), durante o último dia dos jogos, pouco antes de cerimônia de premiações houve uma partida demonstrativa na qual competiram dois estudantes do campus Várzea Grande e dois estudantes externos à instituição que já praticam o esporte, além do professor, que é o embaixador do esporte na capital.
Os jovens Miguel Costa de Andrade e Luiz Felipe, aluno de Edificações no campus Várzea Grande integram um projeto chamado “Amigos do Badminton”, comandado pelo professor Edson Mendes, envolvendo a participação de dezesseis alunos que treinam toda sexta-feira no Centro de Treinamento no Dom Aquino.
“A gente quer aproveitar e fazer um convite, chamando o pessoal que tem interesse em conhecer esse esporte. Não tem uma idade, tem crianças e adultos participando, é livre pro público. Foi um prazer a gente trazer isso pra cá porque é um esporte bom. E é um prazer como aluno e como atleta representar o esporte aqui em Várzea Grande e em Cuiabá”, afirmou Luiz.
O estudante conta que conhece o badminton há cinco anos. “Sempre treino três vezes por semana. Conheço meu parceiro de dupla há bastante tempo, mas agora a gente se reencontrou e voltamos a jogar juntos". Jogando como equipe convidada, ele classificou a partida como “só uma brincadeira, pra apresentar o esporte pro pessoal.”
Sobre a entrada do badminton nos JIFs o jovem considerou um reconhecimento ao esporte. “É uma coisa muito legal. Quebrar essa regra de esportes tradicionais. E agora esses esportes menos conhecidos é bom que eles venham, pra diversificar mais, sabe? Porque ele que não tem muito contato físico e tem pessoas que gostam. É isso aí, agradeço todo mundo pelo reconhecimento do badminton”.
Igualdade de gênero
O professor aposentado da Rede Federal, Edson Mendes, conta que o interesse pelo esporte surgiu em 2015. Conversando com a equipe da coordenação dos jogos decidiram fazer uma demonstração, considerando a possibilidade de inclusão no ano que vem. “Foi um game (jogo) só. Dois desses alunos estudam no campus VG. Então já tem um embrião pra começar”, comenta o docente.
“O legal é que pode trabalhar na dupla, a dupla mista, então pode jogar um menino e uma menina. Essa é uma das pegadas que faz dele um esporte diferenciado e, ainda, com a igualdade de gênero. Ele é o segundo esporte mais praticado no mundo, só perde pro futebol. E aqui no Brasil tá chegando aos poucos agora. De raquete é o esporte mais praticado, só perde pro futebol em números de participação".
O professor Edson disse que gosta do lema do esporte. “Não deixar a peteca cair é uma coisa bem brasileira, né? A peteca que foi o primeiro esporte que o Brasil teve. E que não pode deixar cair, senão é ponto do adversário”.
Novas modalidades
A inclusão futura de novos esportes no JIF é bem-vista pelos estudantes, como opina Gustavo Portela Siebiger, aluno de Informática de Barra do Garças, que competiu pelo. basquete do seu campus e torce para que a patinação entre no rol de jogos nas próximas edições.
“Acredito que novos esportes tem que continuar a ser incluídos nos jogos. Sou atleta de patinação artística, que atualmente não é tão conhecida no Brasil. Tenho títulos de campeão sul-americano e convocação pra pan-americano. Os JIFs ainda não tem a modalidade de patinação, de velocidade ou artística. A gente vai tentar incluir no próximo. É um esporte mais difícil de ser encontrado, mas no meu campus além de mim tem mais três patinadores”, revelou o jovem.
Texto: Meire Zanelato (RTR) e Telma Aguiar (CFS); Fotos: Gustavo Henricke (CBA)