O diretor-geral do IFMT Campus Cáceres – Prof. Olegário Baldo, Prof. Salmo César da Silva que encerra nesta segunda-feira (19.04) o mandato de 4 anos (2017-2021), fez balanço de gestão do campus em entrevista ao site: cianoticias.com.br. O professor falou dos desafios e conquistas, de ações estruturantes e de momentos significativos vividos à frente do campus.
Abaixo texto da entrevista na Íntegra:
Qual foi o maior desafio ou maiores desafios encontrados ao longo de sua gestão?
Primeiro, dizer que foi uma grande honra ser o diretor dessa instituição, que há 40 anos fez e continua fazendo a diferença na vida de milhares de pessoas, e ter sido o primeiro cacerense a ocupar essa função. Os maiores desafios encontrados, foram as restrições/diminuições orçamentárias que afetaram a nossa instituição, e nos levou a fazermos vários ajustes ao longo desses 4 anos, procurando manter com qualidade o funcionamento da unidade, e outra situação foi a pandemia da Covid 19, onde tivemos que adotar novas metodologias e formas de ofertar o ensino a nossa comunidade, buscando inovar e garantir a vida dos servidores e nossos estudantes.
Fale um pouco de alguns dos momentos mais significativos vividos à frente da direção do campus?
Foram vários momentos de muito aprendizado, e que me fizeram crescer profissionalmente. Mas vou citar três momentos marcantes: Inauguração da Reforma do Refeitório do campus, onde fizemos a homenagem a primeira nutricionista do campus, Anarlete Loureiro, foi um momento significativo para a memória do campus. Outro momento foi a oportunidade de ofertar e firmar convênio para o Curso FIC Bovinocultor de Leite, primeiro Acordo Internacional de Cooperação entre o IFMT – Campus Cáceres Prof. Olegário Baldo e o Instituto Tecnológico Roberto Pillai Herrera com o apoio do consulado Estado Plurinacional da Bolívia e da Diretoria Sistêmica de Relações Internacionais do IFMT. O terceiro momento, conseguir num momento muito difícil, assegurar a Construção do Segundo Bloco de Alojamento Feminino, uma demanda detectada no PDI da instituição, que dobra o aumento de vagas para nossas estudantes.
Nos últimos anos em que o campus avançou?
Avançamos com ações estruturais e também no aumento do número de vagas para atendimento aos estudantes abrindo novas turmas, como na modalidade de curso integrado ao ensino médio. Também ofertamos o Primeiro Curso Internacional de Bovinocultor de Leite, além do desenvolvimento de uma série de projetos de ensino, pesquisa e extensão com envolvimento de nossos servidores e discentes. Destaque também para o fomento da política de assistência estudantil que atende nossos estudantes com bolsas para a permanência e o sucesso na aprendizagem. No último ano, nosso campus ajustou as ações da assistência estudantis, às necessidades neste período de pandemia, com a oferta de auxílios emergenciais e de apoio para realização de atividades não presenciais, com serviços e auxílios financeiros para internet e material didático.
No campo da pesquisa e inovação, tivemos a alegria de celebrar a primeira patente de invenção do IFMT que é o do nosso campus em um trabalho do prof. Alexandre que foi depositado em 2015. E também fomos destaque com o primeiro registro de patente internacional, com invenção desenvolvida no projeto de doutorado na Unicamp do servidor técnico Luiz Costa protegida em 150 países, por meio do Tratado Internacional de Cooperação em matéria de Patentes. São só alguns exemplos importantes que foram realizados graças também ao trabalho integrador da gestão superior do IFMT. Esta semana mesmo, lançamos um livro digital com trabalhos de pesquisa aplicada, iniciação científica e inovação tecnológica, realizados aqui no nosso campus pelos nossos pesquisadores, docentes técnicos e estudantes.
Entre outras ações estruturantes, podemos citar também a inauguração de Auditório com capacidade de 240 pessoas; ampliação na Rede de Alta Tensão do campus. Trouxemos melhorias no laboratório de informática com aquisição de 40 quarenta novos computadores. Realizamos, como já citei, a reforma do refeitório do Campus com homenagem a nossa primeira nutricionista Anarlete Loureiro; melhoramos o acesso à Internet no campus de 40 megabits para 160 megabits; elaboramos projeto de segurança contra incêndio e pânico; reformamos alojamentos estudantis masculinos e femininos, conseguimos a garantia de recursos e contratação de serviços para a construção de alojamento estudantil feminino que é uma demanda antiga da nossa instituição.
Na sua opinião, em que o campus precisa avançar ainda?
Acredito que avançamos muito no propósito de firmar parcerias, convênios, cooperações técnicas, mas esse é um ponto importante que precisa melhorar mais, porque possibilita o crescimento e participação da nossa instituição na vida da sociedade cacerense e do oeste mato-grossense. Outro ponto importante que insistimos, mas ainda sem êxito, é a cobrança do poder público municipal para a efetivação da concessão do transporte público municipal que atenda, de forma regular, os nossos estudantes. E por último, relacionado à oferta de novos cursos que atendam a demanda municipal e regional, possibilitando cumprir a nossa missão de educar para a vida e para o trabalho. Inclusive, neste sentido já está em curso a abertura de licenciatura em Química, único ofertado na região de forma presencial, inclusive com Projeto de Curso já aprovado pelo Conselho Superior do IFMT.