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Dia Mundial do Solo: IFMT Campus Cáceres realiza intervenções sobre conservação do solo e sustentabilidade do planeta

Publicado por: Campus Cáceres / 6 de Dezembro de 2019 às 15:43

Em referência ao Dia Mundial do Solo (05.12), professores e estudantes do curso superior em Engenharia Florestal e do Curso Técnico em Agropecuária do Instituto Federal de Mato Grosso, IFMT Campus Cáceres – Prof. Olegário Baldo promoveram, essa semana, agenda de sensibilização no campus sobre a necessária conservação do solo para a sustentabilidade da vida no planeta. A atividade contou com intervenções de docentes pesquisadores da área de ciência do solo, bem como painéis apresentados por estudantes com resultados de trabalho de campo desenvolvido em componentes curriculares que abordam manejo e conservação do solo e da água e manejo de bacia hidrográfica.

“No processo formativo de nossos estudantes, buscamos sempre reflexão que gere ação concreta. E nesse Dia Mundial do Solo, nós não podemos deixar de refletir sobre o solo como um recurso natural essencial para a nossa existência. A gente cuida daquilo que a gente conhece e gosta. É preciso conhecer, gostar e cuidar do solo porque nós não vivemos, não sobrevivemos sem ele”, afirma o professor Juberto Babilônia, doutor em Geografia com ênfase em estudos dos solos.

Ao destacar funções do solo como base para produção de alimentos, fibras, materiais para construção como telhas, tijolos, cimento, combustíveis, medicamentos, o professor chamou atenção para os serviços ambientais do solo. Entre os exemplos de serviços ecossistêmicos, ele destacou a função do solo na decomposição de dejetos, no compartimento de carbono, no abastecimento dos lençois freáticos. Funções condicionadas à necessidade de manejo adequado do solo.

“Nós dizemos que o solo é renovável conceitualmente, mas, na prática, com o uso inadequado, o uso sem considerar o seu potencial e limitação, ele pode deixar de ser renovável. Por isso, a consciência do manejo adequado em sistema de produção ecologicamente correto deve refletir em nossas práticas pessoais e profissionais”, afirma Babilônia.

No movimento de sensibilização da comunidade estudantil do campus, com o chamado para a difusão da importância do solo, o professor Milson Evaldo Serafim, doutor em Ciência do Solo, destacou a necessidade de demonstrar a relação direta entre esse recurso e a qualidade de vida de todas as pessoas do planeta.

“A qualidade do alimento que você consome, a capacidade nutricional, depende da qualidade do solo. A qualidade e quantidade de água disponível em determinada região depende, invariavelmente, de um solo saudável. Então, nessa relação, mesmo a pessoa que mora em um arranha-céu de uma metrópole, toda vida dela tem uma dependência direta dos recursos que vem do solo. É uma questão global, não é de quem só trabalha diretamente com a agricultura. É uma questão de todas as pessoas”, exemplifica Serafim.

A partir da temática deste ano do Dia Mundial do Solo “Pare a erosão do solo, salve o nosso futuro”, o professor promoveu reflexões com base na alerta da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), sobre os problemas gerados pela degradação do solo. De acordo com estudos referendados pela FAO, a cada cinco segundos, um hectare de terra é destruído por meio da erosão. 

O lento processo de formação do solo traz, segundo o pesquisador, outro dado relevante para reflexão sobre o grande impacto dessa realidade: Enquanto um hectare de solo desaparece a cada segundo, apenas 2 a 3 centímetros de solo são formados a cada mil anos.

“Se continuarmos nesse ritmo, com a população mundial crescendo, demanda cada vez maior de alimentos e de recursos de solos, em um futuro muito próximo, teremos grandes dificuldades de suprir as necessidades de sobrevivência da população. Então, parar esse processo com uma agricultura responsável, agricultura focada na conservação, na qualidade, para além dos lucros, pensar na sustentabilidade dos sistemas, é imprescindível”, afirma Serafim.

Solo, água, vegetação

Como resultado de atividade prática, coordenada pelo professor Anderson Ritela, doutor em geografia, em conjunto com o professor Juberto Babilônia, estudantes do 7º semestre de Engenharia Florestal e do 1º semestre do Curso Técnico em Agropecuária apresentaram relatórios temáticos com levantamento de dados realizados em dia de campo no córrego Taquaral, em Cáceres. Entre as abordagens, os estudos deram ênfase aos elementos solo, água e vegetação com dados sobre a vazão do rio, Área de Preservação Permanente, Diversidade florística da mata ciliar e estudo do solo.

“O intuito foi levantar informações para gerenciamento do uso dessa área, ou seja, manejar uma área a partir da bacia como unidade de planejamento. O estudo deve subsidiar o uso desses recursos de maneira adequada levando em consideração limites e fragilidades”, explica Ritela.

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Cáceres/MT